Quando o primeiro grupo da Juventude Masculina de Schoenstatt no Brasil selou sua Aliança de Amor, em 8 de junho de 1956, no Santuário Tabor (Santa Maria/RS), deu de presente à MTA uma patena. A patena é o objeto litúrgico no qual o sacerdote deposita o pão que é transubstanciado em Corpo de Cristo em cada Missa. Nesta patena está escrito: “Sob a proteção de Maria, queremos nos formar, caracteres fortes e livres – A Juventude Brasileira à sua Rainha – 1956”. Nesta patena aqueles jovens simbolizaram sua entrega e o sacrifício que eles realizariam por Deus e Maria para esta fundação.

Esta patena esteve desaparecida por muito tempo e não se sabe até hoje qual foi o caminho que ela percorreu, mas um pouco antes do I Fórum Nacional do Jumas, em 2005, sem que o Jumas nem mesmo soubesse de sua existência, esta patena foi encontrada na Casa das Irmãs de Maria em Roma, num lugar destinado a guardar presentes que poderiam ser dados às autoridades eclesiásticas. Uma Irmã brasileira, casualmente (ou melhor, providencialmente!), percebeu que a patena era da Juventude Brasileira e a trouxe de volta ao Brasil.

Justamente nesta época o JUMAS Brasil estava iniciando seu processo de integração nacaional e soube da existência deste símbolo. Ao perguntar às Irmãs, souberam dessa história. No II Fórum Nacional, em 2007, todos os presentes assinaram um pedido à Direção Provincial das Irmãs de Maria, solicitando a posse desta PATENA HISTÓRICA. Em 14 de dezembro de 2007 chegou a resposta da Ir. M. Neida Dotto, Superiora das Irmãs de Maria da Província Tabor, dizendo que guardaram esta relíquia para o JUMAS e que nos concediam este grande presente de Natal! A carta dizia:

“Estamos plenamente de acordo que a patena histórica fique entregue a vossos cuidados. Foi com satisfação que acolhemos a notícia que ela se tornou o vosso primeiro símbolo nacional. Um símbolo sacerdotal e ao mesmo tempo eucarístico, temas que dizem respeito e muito à Juventude Masculina e ao Tabor, terra de Cristo e de Maria.”

Essas palavras foram um grande estímulo para o JUMAS no período da busca do seu Ideal Nacional. Um sinal tão claro da Providência não ficou sem resposta. De fato, este símbolo inspirou a escolha do presente que o JUMAS Brasil fez à MTA na celebração dos seus 50 anos, em 2006: um cálice.

Um assessor na época comentou que lhe não entendia bem porque o JUMAS tinha escolhido esses símbolos, tão sacerdotais, tão relacionados a Cristo, tão litúrgicos, pois normalmente se esperaria símbolos aparentemente mais “joviais” ou “dinâmicos”. O tempo traria a explicação que só Deus conhecia, e nenhum jovem ou assessor teria podido intuir.

Três anos mais tarde, o JUMAS descobriu que seu Ideal era ser Fogo do Cristo Tabor. Sem que conscientemente tivessem se dado conta disso, CRISTO já estava fortemente presente na história do JUMAS através desses dois símbolos. Na Missa final de entrega do Ideal Nacional, o celebrante chamou a atenção de todos para algo que ele mesmo tinha acabado de perceber. No momento de elevar o Corpo e o Sangue de Cristo, depositados na patena e no cálice do JUMAS Brasil, ele se deu conta emocionado: “só uma Juventude que estava destinada por Deus a ser Cristo, poderia ter tido, ao longo da sua história, de forma tão destacada, estes dois símbolos eucarísticos tão diretamente relacionados com Cristo!

Ali “caiu a ficha” e nos demos conta da fidelidade de Deus em nossa história! Muitos experimentaram aquele momento como uma confirmação de que tínhamos acertado na busca do Ideal e descoberto realmente o Plano de Deus para o JUMAS Brasil.

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Juventude Masculina de Schoenstatt.