Juventude de Schoenstatt nas Missões Universitárias, de 23 a 28 de julho de 2019

Pe. Júlio Fabiano Rodrigues Afonso – Não há palavras suficientes que conseguem explicar a experiência desses seis dias de missões. Muitos encontros, alegrias, emoções, choros, pedidos, entregas, reflexões, fé viva e simples do povo de Deus, força e esperança, acolhida e abertura, encontrar a Cristo vivo no meio da cidade e levar a vida de Cristo a quem se sente agoniado e sem esperança… Louvamos a Deus pela maravilhosa experiência que nos deu.

Este foi o segundo ano das Missões Universitárias na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Cambé/PR. Com 82 missionários e três assessores (um Padre e duas Irmãs de Maria) divididos em três comunidades, foram visitadas famílias pela manhã e pela tarde, levando a Mãe Peregrina e a bênção de Deus às casas. À noite, todos os dias se rezava o terço e celebrava a missa, cada dia com uma intenção e uma menção: pelas famílias, pelos trabalhadores, pelos enfermos, pelos avós e em ação de graças pelas presença da Mãe Peregrina nos lares. A Juventude de Schoenstatt encabeça a missão, contando com a participação de outros grupos e expressões da Igreja.

Neste ano, a Missão se estendeu também às hortas comunitárias: os canteiros foram abençoados e as pessoas que ali vão diariamente para cuidar do plantio foram missionadas. Os jovens também trabalharam a terra, para ajudá-los quando necessário. Jeferson Beijo, jovem missionário e recém formado em Agronomia, conta o seu sentimento: “Gratidão a Deus por ter me dado a capacidade de aprender sobre a área agronômica, sendo possível transmitir para outras pessoas esse conhecimento, sendo um instrumento”.

Quatro pilares

Impulsionados pela mensagem do Papa Francisco aos jovens, na Exortação Apostólica “Cristo vive”, e pelas novas diretrizes de evangelização no Brasil, a vivência entre os missionários foi da Igreja como uma CASA de portas abertas para acolher e levar a Boa Nova, na qual cada um é conhecido pelo nome e jeito de ser. Essa casa é sustentada por 4 pilares: a Palavra de Deus; o pilar do Pão que é o sustento espiritual e litúrgico; o pilar da Caridade, porque esta casa se sustenta na acolhida e fraternidade; e o pilar da Missão, porque a experiência eclesial inevitavelmente conduz a ser missionários de Cristo no meio do mundo.

A espiritualidade diária dos jovens missionários esteve conduzida por esses pilares. Anne Ehlke, uma das jovens responsáveis pelas orações e vivências, nos dá o seu testemunho: “Antes e durante as missões, eu estava com muitos medos e expectativas, mas senti o Espírito Santo conduzir cada detalhe da espiritualidade. Saio com a certeza de que Cristo vive nos corações dos missionários!” E deseja que “eles consigam ser estrelas na noite escura de outros jovens”.

Uma grande Família

É assim que acontece, a gente chega de uma forma e sai diferente das missões. Stephani Marques, jovem de Londrina/PR, saiu a missionar pela primeira vez e um dos aprendizados que teve foi o de “nunca perder a fé, por maiores que sejam nossos problemas nós sempre devemos ter fé, pois Jesus e a Mãe de Deus estarão cuidando de tudo”. Também nos conta que aprendeu muito sobre o amor ao próximo, “pois na comunidade todos estavam sempre se preocupando uns com os outros, como uma verdadeira família”.

Uma grande família foi formada no Arraiá Missionário. Atendendo ao convite dos jovens, as famílias participaram em peso, celebrando a alegria e a fraternidade, recordando que são uma grande família na Igreja.

Gratidão e amor à missão estão presentes em todos. Matheus Nakasawa disse que sua experiência de ser reitor foi “sentir mais ainda de perto a presença da Divina Providência, sentir a alegria no rosto dos missionários e levar o Fogo do Espírito Santo nas casas” e que tudo isso “foi um trabalho que não tem preço que pague”. Sem jovens como o Matheus e tantos outros que se dedicam, não haveria missões, porque elas são preparadas essencialmente pelos leigos, com a assessoria e supervisão dos assessores. Isso evidencia o protagonismo que a Juventude desempenha em Schoenstatt, desde a fundação, e que leva o Cristo vivo para o mundo.

Pe. Júlio Fabiano, ISch

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