Entre os dias 4 e 8 de julho deste ano, com a representação de oito países e cerca de 90 pessoas, aconteceu o Congreso Misionero de Schoenstatt na cidade de Córdoba, Argentina. Estiveram presentes alguns membros do JUMAS: Elder Semprebom (Curitiba/PR), Bruno Mamede (Jaraguá/SP), Edson Gonçalves da Cruz (Atibaia/SP) e Nicolau Lawand (Caieiras/SP). Também os padres Afonso Wosny e Alexandre Awi estiveram participando do evento. Cinco meninas da JUFEM e duas Irmãs de Maria do Brasil também marcaram presença.

O objetivo do congresso foi partilhar experiências missionárias e ainda buscar dimensões que definem o modelo schoenstatteano de missões. As metas foram alcançadas com grande êxito, concluindo que Schoenstatt não faz missão, Schoenstatt é missão. As quatro dimensões que dão originalidade as missões de Schoenstatt são:

  1. Santuário: o santuário define a relação a nós mesmos. Nos formamos no santuário, um lugar de graças, onde desenvolvemos nosso interior buscando a auto-educação. Esta auto-educação nos leva a viver um estilo de vida coerente entre o ser e o agir, entre o que somos e anunciamos. Quremos sentir a chama impulsionadora que vem do Espiríto Santo presente no santuário. Isto se dá pela graça do envio apostólico. O santuário é a origem e fim de todo missionário schoenstatteano. Recebemos todas as graças do santuário e a fecundidade das missões depende de vivermos e transmitirmos estas graças a todos os povos.
  2. Peregrina: é o elemento de identidade central de nossas missões. É a imagem que nos acompanha e nos identifica. Por meio dela pode-se levar cada pessoa missionada a presença de Maria e suas graças. Por isso a imagem da Mãe Peregrina é essencial em nossas missões. Também pode representar uma ferramenta fundamental para o trabalho no pós-missão, através da campanha.
  3. Aliança de amor: é a vinculação fundamental do missionário schoenstatteano com Deus por meio da Aliança de amor, onde assumimos nossa missão de levar Cristo ao mundo pelas mãos de Maria. A fecundidade de nossas missões depende da contribuição ao capital de graças, em que vivemos o “nada sem Ti, nada sem nós”, levando-nos a assumir o compromisso de vivermos uma vida de oração e instrumentalidade. Através de nossas missões queremos viver radicalmente nossa aliança, em todas as suas dimensões, visando implantar uma cultura religiosa que transpasse diversos âmbitos de nossa sociedade, reavivando a vinculação das pessoas com Deus.
  4. Fé prática na divina providência: ao contemplar o Deus da vida, ao Deus providente, nossa estratégia de missão tem sua essência na fé prática na divina providência, no que se refere ao trabalho prévio, de planejamento das missões de acordo com a realidade local, durante as missões nos acontecimentos diários e também após as missões procurando visualizar o que Deus nos suscitou. É importante que esta estratégia siga a metodologia dos quatro passos ensinados pelo Pe. José kentenich: observar, comparar, focalizar e aplicar.

Todo o trabalho missionário de Schoenstatt na América Latina é uma resposta atual para o que o Documento de Aparecida nos convida a sermos: “Discípulos e Missionários de Jesus Cristo para que n’Ele todos os povos tenham vida”. Ainda de acordo com o Documento, precisamos revitalizar nosso modo de ser católico e nossas opções pessoais pelo Senhor. Isto requer uma evangelização muito mais missionária. Precisamos nos sentir corresponsáveis pela edificação de uma sociedade segundo os critérios do evangelho, com entusiasmo e audácia. Todo católico está chamado a levar ao mundo o testemunho de Jesus Cristo e ser fermento do amor de Deus na sociedade.

Teu santuário, nossa missão!

Elder Semprebom – Jumas Curitiba

 

Sobre o Autor

Juventude Masculina de Schoenstatt.