Maria Eugênia Mahringer 21 de maio de 2015 “Sei em quem pus minha confiança” (2 Tim 1,12) Esta frase, dita pelo Pai Fundador, Pe. José Kentenich, em 1931, no Santuário Original, quando ela assumiu a tarefa como dirigente da Juventude Feminina de Schoenstatt, caracterizou profundamente a vida de Eugênia. Nasceu no dia 18 de novembro de 1906, em Schwäbish Gmünd, na Alemanha. Seu pai era professor de uma Escola Industrial e membro ativo do partido político do Centro. O interesse pelas questões políticas foi-lhe transmitido no berço e se manteve vivo até o fim de sua vida. Sua infância foi profundamente marcada pela morte prematura de sua mãe, quando Eugênia tinha apenas três anos. Terminando o colégio, freqüenta, entre 1925 e 1928, o Seminário de Economia Doméstica no Monastério de Siessen. Aí conheceu Schoenstatt, por meio de um sacerdote schoenstattiano, o Pe. Franz Grim. Em 21 de abril de 1928, foi recebida na União Apostólica. Depois de seus estudos, desde 1929, passou por diversos colégios como professora de ginástica e esportes. Primeiro, esteve no colégio feminino Sta. Agnes em Stuttgart (1929), logo em seguida, em Ludwigsburg e Reutlinger, até que, em 1931, o Fundador lhe pede para assumir como tarefa principal a direção de toda a Juventude Feminina de Schoenstatt, na Alemanha. Já em 1929, ela havia visitado Schoenstatt, na ocasião da grande jornada feminina do sul. Em 1930, chegou a ser dirigente juvenil em Schwaben e organizou, em agosto desse ano, a primeira jornada da juventude, do sul da Alemanha, em Schoenstatt. Ao final desta, o Fundador lhe convida para fazer um retiro, em Schoenenberg, perto de Ellwangen, onde ambos mantém um longo diálogo sobre o trabalho com a Juventude em Schoenstatt e o Fundador lhe mostra sua vocação como guia da Juventude Feminina schoenstattiana. Entre 1931 e 1933, trabalha, em estreita colaboração com o Fundador, na juventude feminina em Schoenstatt, onde também conheceu e aprendeu a estimar o Pe. Eise. Em 1933, as autoridades educacionais do nacional-socialismo a obrigam a reassumir imediatamente o seu posto no colégio, a fim de afastá-la de Schoenstatt. Entre 1934 e 1941, trabalha como professora de economia doméstica, ginástica e esportes em Ochsenhausen (Biberach). Mas, continua com o seu trabalho na juventude de Schoenstatt. Em 1941, muda-se à escola profissional de Wernau, onde vive até sua prematura aposentadoria em 1960, ainda que, desde 1956, não pôde continuar trabalhando, devido a uma grave enfermidade na coluna. A fundação do Instituto Nossa Senhora de Schoenstatt se deve, de modo substancial, à participação de Eugênia, durante a época do nacional socialismo. Por desejo do Pai Fundador, fez parte dos primeiros diálogos sobre as Constituições em 1935, 1936 e 1938. Ela contribuiu, principalmente, para a aspiração da juventude de Schoenstatt. E foi muito educada pelo Pe. José Kentenich, se ele depositava nela a sua confiança, sabia também que podia exigir-lhe grandes sacrifícios, para que crescesse na santidade. Durante a época do Nacional Socialismo, trabalhou nas assim chamadas “comunidades de urgência”, que deveriam garantir, apesar dos grandes riscos externos, a vida schoenstattiana, da Região de Schwaben. A partir de 1945 até 1976, Eugênia pertence à direção da juventude, da Região de Schwaben. Durante este período, se construiu o Santuário da Volta Vitoriosa (Stuttgart), a casa regional e o lar de estudantes, além da fundação no Chile. Foi também ela que, com fé na Divina Providência, reconheceu o imenso significado da Missão do 31 de Maio e a fez penetrar espiritualmente na Região. Seu encontro com o Pai e Fundador, em Milwaukee, em 1962 e 1963, constituiu para ela uma ajuda espiritual e uma força muito importante. e modo, para ela e para toda a Região, foi um grande presente que nosso Pai Fundador celebrar no Pentecostes de 1966, seu retorno com toda a Região na Liebfrauenhöhe, coroando a Mãe de Deus como a Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Em 1976, participou como membro no Congresso Geral. Durante seus últimos anos, em Freiberg, sentia-se especialmente comprometida à Adoração no Santuário. Poucos dias antes de sua morte, sentiu-se mal, na Igreja. Continuou, mesmo assim, ocupando-se de sua casa. Sem passar pelo leito da enfermidade, Eugênia falece no dia 14 de julho de 1988, em sua habitação na casa regional. Suas palavras: “… as maiores da geração fundadora seguiram seu caminho. Mas levaram consigo seu ideal de fundação e suas tarefas, para realizá-los em sua profissão, nos ramos, no estrangeiro. À cabeça de ambos os Institutos Seculares chegaram duas personalidades da geração fundadora como Superiora Geral das Irmãs de Maria e das Senhoras de Schoenstatt. Outras jovens foram crescendo e assumiram as tarefas de dirigentes entre a juventude feminina… as gerações vão e vem. Sempre insistia nosso Pai fundador dizendo: ‘Cada geração deve novamente conquistar Schoenstatt’ Ele confiou plenamente nas gerações futuras e em 1935, agradecendo-lhes por todos os tempos disse, confiando em sua fidelidade à Schoenstatt e em seu espírito de entrega: ‘À estas gerações futuras quero agradecer também deste lugar’. Isto vale também para a juventude feminina de nossos dias.” (Maria Eugênia Mahringer, 11 de agosto de 1981 no jubileu dos 50 anos de fundação da juventude feminina, celebrado em Schoenstatt de 10 à 13 de agosto de 1981)