Sobre a Escola tenho só algumas palavras para descrever: foi único. Foi um momento onde os nossos espíritos ficavam elevados a maior parte do tempo e com isso o crescimento pessoal que cada um teve foi de uma dimensão incompreensível, falando por mim, a Escola me ajudou a melhorar a minha visão sobre o que é Schoenstatt, na sua composição, tarefas, estrutura e entrega! Lá conhecemos todos os ramos do movimento e vimos que todos são muito importante para esse grande motor.

Os padres que nos acompanharam chamavam: Padre Jose Luis Zabala e Andrés Espinoza, do curso do nosso querido Padre Afonso.
O que mais marcou nesta escola foi a Unidade Internacional, no modo que está crescendo cada vez mais. Agora temos como promover as missões em Austin (Texas), preparação do IGNIS, Costa Rica, missões em México… E também lá compartilhamos momentos de tensão pelo país do próximo. Como por exemplo, um dia, ficamos até 1h00 da manhã em adoração no santuário Original para que a Lei do Aborto fosse negada, e assim aconteceu. E por conta desta nossa vinculação nos fez fogo. Fogo de juventude, de alegria, de esperança.

Também marcaram bastante as nossas viagens. Fomos para Verdun, Cambrai, Gymnich, Limburgo, Stuttgart, Munique, Dachau, Koblenz e Colônia. Em cada uma dessas viagens aprendíamos muito sobre a vida do Pai Fundador e José Engling, onde seguimos todos os seus passos até o momento de sua morte. Em Dachau vimos o que é a dor e o sofrimento, e vimos também que, apesar das dificuldades, um homem enfrentou tudo e expandiu o movimento em que acreditava ser o meio mais certo da santidade.

Com isso fomos cada vez mais aprendendo e nos sincronizando tanto com um homem e no final desta escola esse mesmo homem, que para alguns é um profeta, um fundador, um líder, que passou por tantas coisas e mesmo assim confiou toda sua vida a uma capelinha de São Miguel, onde eram celebradas missas antes de enterrar os defuntos ao seu lado, e que através de Capitais de Graças para Maria a convidou para morar ali e distribuir suas graças para todos que a ela recorriam. Ele a nomeou Mãe três vezes admirável de Schoenstatt e espalhou essas capelinhas por todo o mundo. E mesmo depois de 100 anos de movimento e 50 de sua morte levamos sua herança; contudo para nós ele representava outra coisa.

Sim. Todos nós da Escola acreditamos em tudo isso. Porém depois de 37 dias juntos todos sentíamos apenas uma coisa, sentíamo-nos Filhos. E temos orgulho em dizer que aquele homem barbudo é o nosso Pai e cuida de nós com se fossemos os seus filhos prediletos. Com essa inquietude no nosso peito formamos um ideal de escola: ’’Hijos de la Aliança, Fuego para el mundo’’(Filhos da Aliança, fogo para o mundo).

Esse mês juntos foi muito intenso para mim. Eu era o mais novo com 17 anos, e aprendi muita coisa. Ao final eu selei minha Aliança Filial com o pai na sua tumba e alguns outros sua Aliança de Amor e Carta Branca.

Sentimos que estava acabando e que devíamos aproveitar todos os momentos ao máximo e como se fosse o ultimo. A nossa ultima noite no santuário, depois da benção da noite, cantamos com todas as nossas forças e ali foi nossa maior despedida e desabafo por tudo que aconteceu. Estávamos ali e apenas agradecendo a mãe por tudo o que fez por nós! Confesso que pode ter entrando muita poeira no meu olho na despedida e por isso eu posso ter chorando bastante, nada mais que isso, só por causa da poeira mesmo.

E isso foi a “Escuela de Jefes 2018” para mim. Tenho que agradecer a todos que participaram e que se tornaram verdadeiros irmãos, todos que ajudaram principalmente Roberto do Paraguai que está no noviciado do instituto dos Irmãos de Maria, as Senhoras de Schoenstatt que nos emprestaram a casa e forma nossas mães por um mês, lavando nossa roupa e limpando nossa sujeira. E por ultimo agradecer em especial os meus pais, Bernadete Avelar Odebrecht Nassif e José Roberto Balan Nassif, que me proporcionaram tudo e um pouco mais. Eles são a grande razão por eu ter ido e poder desfrutar o que Schoenstatt tem para oferecer. Muito obrigado!

Pedro Miguel Odebrecht Nassif, Londrina-PR.

Sobre o Autor