Atualmente, percebe-se que a sociedade vem se “camarotizando”, criando critérios rigorosos de integração e elitizando os grupos. A afirmação : “Schoenstatt para todos ,mas, nem todos são para Schoenstatt” vista com descuido pode vir a construir um pensamento, entre os membros desavisados, um tanto quanto excludente, pois, quem definirá quem fará ou não parte do movimento? Será que há um pré requisito para se integrar à Schoenstatt que não a aliança de amor?

Voltando na história, para ser mais exato, no dia 20 de agosto de 1920, em Hoerde-Alemanha, os jovens schoenstateanos, daquele momento, também se perguntavam quanto aos critérios de ingresso ao movimento, que por sua vez era uma possibilidade reservada aos seminaristas, e, a saída encontrada foi : A criação da União Apostólica de Schoenstatt, a qual abriria caminho e pluralizaria o movimento, recebendo famílias e leigos, todavia, a obra ainda se restringia ao território alemão.

No ano de 1942, em um campo de concentração, o Pai Fundador, frente a um regime separatista e excludente (NAZISMO) aplicou com seus colegas presos, padres, a CAU (Confederação Apostólica Universal). Tal atitude levaria, Schoenstatt , através das paróquias e dioceses nacionais e internacionais, para todo o mundo, possibilitando a todos a chance de fazer parte da ideia predileta. Agora Schoenstatt se fazia um presente para toda a humanidade.

Tais iniciativas nos fazem perceber o quão grande foram os esforços para que a ideia predileta do Fundador encontrasse o maior numero de corações. Não podemos reservar, o JUMAS, a pessoas que preencham algum tipo de perfil pré-determinado. Grandes personalidades da nossa história se mostraram antecipadamente incoerentes, porém, posteriormente foram grandes expoentes como conta os casos de Franz Reinisch e São Paulo. A nossa maior fonte de inspiração, JESUS, dentre tantos, escolheu doze para serem seus apóstolos,entre eles, Mateus (cobrador de impostos) e Tomé ( um tanto quanto incrédulo), nos dando prova de que: ” Muitos são chamados, mas, poucos são escolhidos, todavia, Deus não escolhe os preparados e sim prepara os escolhidos”.

É evidente que falamos de um mundo cristão católico e de que um pré-requisito fundamental, para justificar o titulo deste texto, seja a vocação para Schoenstatt, todavia, a experiência no seio do movimento, para que haja de fato um discernimento, não pode ser negada a ninguém. Em tese, quem dirá se é ou não para Schoenstatt será a própria pessoa, ao nos colarmos de maneira ativa frente a esse processo incorremos no risco de sermos preconceituosos e excludentes, transformando um movimento rico em um clube.

• Schoenstatt para todos = [PARTE QUE NOS CABE GARANTIR]
• Nem todos são para Schoenstatt = [RESPOSTA DAS PESSOAS ]

Marcelo X. Borges – JUMAS/SBC

Mais a respeito da CAU:
(http://www.schoenstatt.org.br/2016/08/19/a-confederacao-apostolica-universal/)
Mais a respeito da União Apostólica de Schoenstatt:
(http://www.schoenstatt.org.br/home/org/organizacao/unioes-apostolicas-de-schoenstatt/)

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