Nós estamos e permanecemos unidos por Maria, demonstrando através de nossas vidas e intensas atitudes a figura de um Cristo diferente ao mundo, um Cristo mais próximo, mais humano, transfigurado no Tabor, que atua na simplicidade do dia a dia.

Por uma leitura superficial nota-se que o parágrafo anterior não passa de uma paráfrase do Ideal de nosso JUMAS Brasil, entretanto, após uma análise mais minuciosa e reflexiva, percebe-se que aquele resumido texto expressa nada menos do que todo nosso cotidiano universitário como integrantes dessa juventude.

A reflexão é simples. Imaginemos nosso ambiente universitário. Por mais que cada universidade seja diferente uma da outra, todas apresentam uma característica idêntica, que apesar de soar ambíguo, se reflete justamente na forte presença das diferenças.

Para aqueles que ingressam agora em uma vida de faculdade descobrem logo cedo como é grande um ambiente universitário e como somos pequenos diante dele, e para aqueles que já estão neste meio há algum tempo sabem e pode comprovar como é fácil se sentir sozinho e “fora da caixinha” neste tipo de ambiente.

Em um ambiente onde tudo se relativiza e toda discussão e maneira de viver parte de um ponto de vista diferente; em um ambiente onde todos são amigos de todos, mas ninguém conhece ao seu próximo; onde toda discussão deve ser racional e excluir toda forma abstrata e não científica de pensamento; o JUMAS traz em sua essência de Ideal a resposta para tudo isso.

À relatividade e frieza das relações trazemos nossa VINCULAÇÃO, na criação de uma forte unidade entre diferentes pessoas, que na soberania de seus estilos de vida convergem suas relações pessoais à amizade na fé. Não é raro percebermos que ao longo dos anos nossos círculos de amigos onde a discussão aberta sobre a nossa forma de viver em Cristo permanece e cresce.

Com essa forte vinculação entre as variadas pessoas que se identificam no amor de Cristo e sua Mãe, nós acabamos por perceber que Cristo se revela de variadas formas, Cristo também se revela na relatividade através das pessoas, e, de certa forma, é essa a riqueza que nosso Cristo Tabor tão aclamado e providencialmente vivido pelo JUMAS quer nos mostrar.

Viver a espiritualidade cristã da maneira que vivo é muito simples – “aqui é bom estar, façamos três tendas” – agora viver Cristo através de seu irmão, aí sim é ser Tabor, descer do Tabor.

Vivenciar nosso ideal na universidade levando, além de nossa vinculação por Maria e seu Filho, também o nosso apostolado do ser como resposta não é fácil, exige muito, mas, se desde os primórdios, Schoenstatt anuncia uma resposta para Igreja e para o Mundo através do amar, pensar e viver orgânicos, devemos aplicar e aprender a viver essa organicidade na universidade, se não caímos na mais amarga hipocrisia, e JUMAS NÃO É ISSO.

Por fim, devemos permanecer vinculados à Mãe de Deus e aos outros – nossos caros amigos universitários – para mostrarmos e aprendermos que através de um estilo de vida cristão e ativo, que se incendeia através do Espírito Santo, é possível viver em harmonia com um Cristo, que se revela nas dificuldades e belezas do Tabor, um Cristo humano e diferente em meio a tanta diferença.

Por Rodolfo Santos